Munique, Alemanha, 1906 — Cannes, França, 1949

 

Escritor, ensaísta, jornalista e editor

 

Era o segundo dos seis filhos de Thomas Mann, pouco estimado pelo pai em virtude de seu homossexualismo. Iniciou sua carreira na época da República de Weimar com temas tabus. Junto com o austríaco Joseph Roth e mais tarde com o tcheco Ernst Weiss, encontrou em Stefan Zweig constante apoio material e intelectual.

 

Em 1933, com a irmã Erika, à qual era muito ligado, participou do cabaré político antinazista Pfeffer-Mühle e editou a revista Sammlung, cujo lançamento não contou com a prometida colaboração de Zweig por este ter discordado de sua linha ostensivamente pró-soviética. Outros grandes escritores, como o próprio Thomas Mann, desistiram de participar do projeto pelas mesmas razões.

 

Com a ascensão de Hitler foi obrigado fugir para a França e, mais tarde, em 1938, para os EUA, onde se naturalizou e serviu no Exército. A irmã Erika participou ativamente do Emergency Rescue Committee, dedicado ao resgate dos intelectuais europeus perseguidos por Hitler, que contou com o patrocínio de Eleonor Roosevelt. Correspondeu-se e esteve com Zweig diversas vezes nos EUA.

 

“Será que, dessa guerra, surgirá um mundo em que pessoas como eu poderão viver e trabalhar?” A pergunta que lançou ao mundo em 1942 em seguida ao suicídio de Stefan Zweig foi respondida sete anos mais tarde por ele próprio. A amarga descoberta de que, mesmo depois da guerra, a esperança de uma sociedade justa jamais se realizaria, os excessos do uso de drogas, decepções pessoais e profissionais fizeram com que aos 43 anos de idade repetisse num hotel em Cannes a façanha do amigo e protetor Zweig. Um dos principais representantes da literatura alemã no exílio, teve sua obra redescoberta na Alemanha muitos anos depois de sua morte, graças sobretudo ao romance Mefisto (depois filme premiado de István Szabó).

 

Endereço na Agenda: The Bedford 118 Ea 40, New York.